A lei do preço fixo pode acabar com o mercado de quadrinhos no Brasil


A lei além de manter os preços mais altos, ainda vai impedir a livre concorrência 
Nesta terça-feira (27), quando a  obteve parecer favorável de Lindbergh Faria, relator na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
De acordo com o Projeto de Lei 49/2015, todas as livrarias (físicas e virtuais) poderão oferecer no máximo 10% de desconto em uma publicação durante o primeiro ano após o seu lançamento. Depois disso, caberia a cada loja decidir oferecer descontos superiores.
De inicio podemos notar que livrarias e lojas de quadrinhos que costumam oferecer descontos enormes de acordo com a quantidade de produtos que você compra, que em alguns lugares pode chegar até a 82% vão ter que se limitar aos 10% ou seja será extremamente prejudicial ao já escasso publico de quadrinhos e de livros no Brasil.
A ideia seria ajudar em teoria o mercado em Banca de Revista e pequenos vendedores, pois a Dinap que teve o seu monopólio aprovado pelos órgãos públicos e ao que parece os políticos estão cegos a respeito dela teria o controle total da divisão de lucros entre o dono de banca de revista ou pequeno comerciante e ela, mesmo assim isso ainda prejudicaria os donos de banca de revista que muitas vezes fazem descontos em compras de encalhe do mês.
Por causa do surgimento de editoras que aceitam descontos em livrarias e lojas de quadrinhos o mercado de quadrinhos brasileiro começou a melhorar, mesmo em relação ao mercado americano em sua porcentagem de vendas, as mercadorias começaram a circular com melhor rapidez devido aos descontos encontrados nesses locais.
Essa Lei será o fim das grandes promoções de vendas de quadrinhos e livros no Brasil, com ela se tornará praticamente impossível fazer uma promoção, já que legalmente se torna um crime fazer promoções cuja redução de valores de artigos culturais fiquem acima de 10% em um ano, muitos produtos ficarão encalhados nas lojas e isso vai afetar a livre concorrência do mercado, já que livrarias e lojas que tratam o cliente melhor (com promoções, prêmios, descontos, etc) ficarão limitadas ao mesmo valor do que locais que nem se importam se vão vender aquele produto ou não, muitas vezes tratando mal e porcamente seus clientes.
No passado a mesma regulação aconteceu com as Locadoras de Vídeo, que com o surgimento da internet acabaram praticamente desaparecendo, o que favoreceu o mercado online como a Netflix, o mesmo vai acontecer com o mercado de quadrinhos no Brasil, a maioria vai migrar para compras online como no site Amazon onde os descontos continuam o mesmo pois não sofrem a regulação estatal como no mercado brasileiro ou ainda a venda indireta de quadrinhos, os sebos que talvez seriam os mais beneficiados com tudo isso quase não mais existem no Brasil, já que a maioria das prefeituras do nosso país tem feito uma verdeira caça aos donos de sebo que possuem banca de revista em praças por todo o país, cobrando valores exorbitantes para que continuem trabalhando, sem falar que as bancas acabam sendo roubadas por grupos criminosos que cobram "proteção" para que a banca não seja queimada, o que tem acontecido muito por todo o país.
Por todo país livrarias tem quebrado pela falta de vendas, as livrarias que sobreviveram foi pelo fato de atenderem bem o consumidor e darem descontos, o que provavelmente vai acontecer com essa lei é que mais livrarias vão quebrar e ainda vai impedir a livre concorrência entre as lojas e livrarias, o que vai realmente acontecer é com menos vendagem o valor de capa de revistas e livros vai aumentar para compensar a falta de vendagem em uma tentativa de ainda sair no lucro nos títulos que não vão ser obviamente cancelados pela falta de vendagem.
Mas e você o que pensa de tudo isso? 
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Profundo conhecedor da cultura pop, fã de conspirações/mitos e lendas é o principal meio de arranjar uma treta com famosos e pseudo-famosos da web..  /