Finalmente assisti Logan: não sabia que estava perdendo o melhor filme de super herói da história


Prestes a completar um ano da sua estreia, o último filme de Hugh Jackman no papel do mutante mais famoso da Marvel continua rendendo muitos elogios nas redes sociais. Finalmente, consegui entender o porquê de tanto sucesso.

Por variados motivos, não consigo assistir produções cinematográficas no mês do seu debutar - algumas vezes é por falta de grana, outras é por falta de tempo e outras... bem, não sei dizer a razão.
Todavia, com o advento da internet e a popularidade das redes sociais, podemos dizer que hoje  vivemos o fenômeno da "precoce máxima". Se você não assiste uma película no final de semana de estréia, basicamente, você assistirá a um filme velho, pois já terá sido bombardeado por notícias e reviews de todos os lados. Ou seja, uma semana ou um ano depois, acabam significando a mesma coisa. 

Mas chega de enrolação e vamos ao filme.


Bom, para apreciar a história ao máximo, é preciso simplesmente ignorar tudo que aconteceu nos dois últimos filmes da franquia mutante antes de Logan. Ou seja, é necessário esquecer 'Dias de um futuro esquecido' e  'X-Men Apocalipse'. Convenhamos, ignorá-los, é até um favor.

Diferentemente do que muitos especulavam na época da pré-produção, a história não se passa num futuro distópico ou algo assim. Acho que a única coisa que pegaram da minissérie "Old man Logan" foi o fato do Wolverine ser um mutante velho e cansado. Fora isso, temos uma civilização normal, ordenada e aparentemente sem maiores conflitos.

Fica claro que os X-men estão mortos (feito atribuído a Charlie Xavier), mas não fica explícito se todos os mutantes do planeta sofreram o mesmo destino. É colocado que não nasce nenhum há 25 anos, o que não significa que não exista algum vivo espalhado pelo globo.

Essa talvez é a única questão sem uma resolução definitiva no filme, que faz questão de responder qualquer tipo de dúvida levantada pelo espectador.


O ROTEIRO


Eu falei que o filme não se prende a história de Old Man Logan. Pois é, ainda bem. Isso possibilitou que fosse feito um roteiro despretensioso, sem se limitar a um material, mas que ao mesmo tempo mostrasse a versão mais fiel do personagem no cinema.

Logan tem o mérito de apresentar uma história redondinha, com começo, meio e fim. Porém, não é algo engessado, temos vários pequenos arcos que começam e são concluídos sem forçar a barra. Você se importa com o que está acontecendo, e ainda que algumas coisas sejam previsíveis, o roteiro traz à tona a empatia de quem está assistindo.

Uma das melhores coisas trabalhadas pelos roteiristas é a questão sobre a extinção dos X-men. O público consegue ficar em dúvida (ou perto disso) até a metade do filme, quando já é possível juntar as pontas e chegar numa conclusão definitiva.

PERSONAGENS


Guardarei um tópico único para falar do Wolverine. Mas os personagens de apoio do filme são todos maravilhosos, não tem nenhum que seja jogado ou sem a mínima importância.

Em Logan, temos de longe a melhor representação de Charles Xavier em toda franquia dos cinemas (incluindo a versão do Macvoy). Patrick Stewart está seguro e confortável no papel. Entrega um professor, velho, confuso e rabugento, mas que se sente amargurado e culpado depois que a sua lembrança vem às claras.

A pequena Laura (X-23) também é maravilhosa. A atriz Dafne Keen, com 11 anos, brilha e apresenta o mais interessante personagem mirim em filmes de super heróis. Não tem para ninguém, a sua X-23 é imbatível - quando ela começa a falar fica ainda mais sensacional.

Além disso, pela primeira vez tivemos dois vilões principais e nenhum deles é mutante, o que torna Logan ainda mais peculiar. Ok, tem uma versão mais nova do Hugh Jackman, mas eu achei sensacional. Muitas pessoas criticaram, mas simplesmente enxerguei como uma última homenagem ao ator: mataram de uma vez só o Wolverine velho e o novo, uma clara referência ao final definitivo do personagem na persona do intérprete australiano.

Sem falar na família da beira de estrada, o Caliban (grata surpresa), a "mãe" da Laura e todo os outros personagens com pequenas participações. Ninguém, absolutamente ninguém, decepcionou em Logan.


WOLVERINE / LOGAN / HUGH JACKMAN


Ah, que saudade! Esse é o sentimento que fica depois que o filme termina. Diferentemente das duas produções anteriores do personagem, que despertavam apenas indiferença e raiva (no caso do primeiro).

Esse Wolverine  é a versão definitiva do carcaju. Finalmente, depois de várias tentativas e muitos erros, tivemos o prazer de conferir o James Howlett das hqs: um cara ranzinza, sanguinário (quando preciso), indiferente ao mundo, mas que protege as pessoas com quais se importa.

Hugh Jackman está perfeito e transparece a emoção em tela por estar interpretando o personagem que o alçou a fama pela última vez. Quando pensamos que o ator foi apenas a terceira opção para o papel, o fechamento desse ciclo fica ainda mais emocionante e sensacional. 

A confiança e a vontade de Jackman em entregar um Wolverine fiel às hqs forram tão grandes, que o mesmo aceitou diminuir seu cachê apenas para que pudessem aumentar a faixa etária da produção, dando maior liberdade para as cenas mais violentas e dramáticas. Funcionou. Parabéns, Hugh Jackman.


CONCLUSÃO


Logan fecha com louvor a história de Hugh Jackman no papel de Wolverine. Só há duas coisas a se lamentar: 

1- O fato da Fox ter esperado o último filme para entregar um Wolverine de verdade.
2- O fato de ter sido apenas no último filme que Hugh pode interpretar de forma digna o personagem que, claramente, ele se importava e aprendeu a amar ainda mais a cada nova produção.

No final, fica um misto de tristeza, emoção e orgulho. Além da certeza de que Logan não é apenas o  melhor filme da franquia X-men, mas também a melhor produção de um personagem de hq. Ele tomou o lugar de Capitão América - Soldado Invernal, e ficará marcado na história. 

Bom, é isso. Até a próxima!

guest author area 51  Toddy Honesto
Bacharel em Publicidade e um duro convicto. Não tem dinheiro para comprar HQ´s, ir ao cinema ou Netflix. Busca sempre o Sim, porque o Não já é certo. Pai da Sofia, a cachorra cantora..  / 

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